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Caderno
Um Século de Grupo Musical
Miragaia vista por uma atriz

Em 1926 nasce, numa freguesia à beira Douro espraiada, uma nova agremiação - o Grupo Musical de Miragaia. Porquê, para quê e como é que esta associação foi criada? 

Lançaram-me o desafio de mergulhar num arquivo com o quádruplo da minha idade, como se de uma investigadora me tratasse. A relação que tinha então com as paredes do Musical era tão curta quanto a de uma mosca que por uma sala se passeia durante um só dia. Depois de me ver completamente submersa nos enredos que as páginas deste arquivo guardam, desafiante foi escolher quais passaria a contar. Muitos documentos ficaram por analisar e muitos mais ficaram por mencionar neste caderno. Desengane-se quem espera uma inegável ordem dos factos, pois que memória e história não são a mesma coisa e estamos sempre sujeitos à subjetividade de quem nos conta, mesmo à de um redator de atas. Enquanto profissional do Teatro, tenho uma certa tendência para o drama. Essa terá sido a bitola que conduziu a seleção, agora disponível para quem quiser conhecer a história desta tuna musical.

 

O Grupo Musical de Miragaia insere-se, desde 1979, na designação “Entidade de Utilidade Pública”. No entanto, foi inicialmente criado como tuna musical com o objetivo de moralizar as gentes de Miragaia por meio da Música, no mesmo ano em que se dá um Golpe de Estado que termina com a 1ª República Portuguesa. Em 2023, a recolha de praticamente cem anos de documentação deste coletivo assomou-se como um retrato de indivíduos atrás dos quais se acompanha a história de um país. Desde a janela da sala de convívio desta humilde coletividade, temos um vislumbre do panorama nacional. Os receios, as lisonjas, as inversões repentinas de opinião e até a ausência de menção, são tudo ações aqui expostas, numa proposta de leitura do que terá sido a vivência desta Associação, assemelhando-se, muito provavelmente, a organizações congéneres e suas contemporâneas. Associativismo este ao qual se foi dando uma nova roupagem e que se confronta com questões de propósito na atualidade.

 

Inês Filipe

Índice

A INICIATIVA MORALIZANTE

A Música como meio de instrução

O RANCHO E O PEÃO

Ou a eterna luta contra os bailes

A IMPORTÂNCIA DE UM NOME

O associativismo incomoda

REABILITAÇÃO DA SEDE

Uma janela para o futuro

Pesquisa e escrita · Inês Filipe

Ilustração · Filipe Tootill

Apoio à pesquisa · Beatriz Wellenkamp Carretas e Valdemar Gomes

Coprodução · Cultura em Expansão / Câmara Municipal do Porto

Edição · Confederação

Data · 2023 (Dezembro)

Design · Studio Macedo Cannatà
Capa · a partir de um desenho de Filipe Tootill
Páginas · 64 páginas

Formato · 20 x 28 cm

Impressão · Offset 2 cores
 

Agradecimento · Ana Coelho, Andreia Sarmento, António Rui Brandão, António Soares, Casulo Teatro, Luís Ferraz, Maria Manada, Miguel Ângelo Carneiro, Miguel Ramos, Otília Ribeiro, Rafaela Gomes, Rosário Melo, Rui Ribeiro, Sónia Ferreira, Tiago Matos Silva.


PVP · 0€
(Envio via CTT para Portugal Continental e Ilhas 6.00€)


 

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