Ciclos de Cinema
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o porto, ÒPorto
Agora, e passados tempos, revejo este ciclo, e já não sei se é um ciclo sobre o Porto, se um ciclo para o Porto, se foi um porto real para nós à beira Douro plantados.Tentado buscar nas memórias, o que escrevi sobre este momento de encontros a quando da sua vinda a público, tenho presentes a vontade de um olhar o Porto, não segundo uma antropologia social, mas segundo uma evolução arquitectónica da cidade
- Quase um ciclo de arquitectura e urbanismo Invicto.
Uma forma de melhor (na verdade não sei se melhor, mas pelo menos outra) de reconhecer o Porto, de olhar através do olho de outro para esta cidade que habito e a qual escolhi para amar.
O Porto, contemporaneamente falando, sempre esteve naquela moda, aquela moda, do exótico. Aquela moda de cidade misteriosa, com dinâmicas excêntricas, que deixa louco quem as tenta compreender. É uma cidade com encantos para quem a habita, e não para quem a visita. É uma cidade calma, de espíritos inquietos. De mui brandos costumes, e de onde nasce o dito cinema português.
Neste olhar sobre o referido Porto, temos obras-primas deste cinema Português, e temos obras enteadas, deste nosso cinema Português. Temos obras passadas, temos obras ultrapassadas, e temos obras novinhas. O mais de ré que olhamos é para Douro Faina Fluvial (1931), e o mais de fronte é 2+2 (2008), esta obra engajada de João Sousa Cardoso, projectada a par com o olhar mágico de Manoel de Oliveira sobre o Porto da sua infância. Visitamos a Batalha, a praça D.João I, os Aliados, a estação de S.Bento, a Sé, a Ribeira, Miragaia, um pouquinho de Massarelos… visitamos visitamos visitamos…
Porto Porto Porto, vamos para a frente
Porto Porto Porto, e o povo tão contente
Porto Porto Porto, és a nossa safa
Porto Porto Porto, é a tripa na mesa
Porto Porto Porto, e a ditadura à sobremesa.
Porto Porto Porto, e o Rio que te não larga
Porto Porto Porto, e o Douro que me encanta.
Porto Porto Porto, vamos para a fronte
Porto Porto Porto, e o povo tão menino
Porto Porto Porto, és a nossa safa
Porto Porto Porto, não sei que nos faça.
Este foi o primeiro Ciclo de Cinema programado pela Confederação, em conjunto com o Grupo Musical de Miragaia, marcando assim um inicio de colaboração entre ambas as estruturas.
Estreia
10 de Julho a 13 de Agosto 2010, Auditório do Grupo Musical de Miragaia (Porto)
Programação
10 Julho 2010 || 21h00
Aniki-Bóbó (1942,PT) de Manoel de Oliveira
17 Julho 2010 || 21h00
Legalonga (2008,PT) de Sofia Lomba
A Costureirinha da Sé (1958,PT) de Manuel Guimarães
24 Julho 2010 || 21h00
Douro Faina Fluvial (1931,PT) de Manoel de Oliveira
As Sereias (2001,PT) de Paulo Rocha
31 Julho 2010 || 21h00
O Passarinho da Ribeira (1960,PT) de Augusto Fraga
6 Agosto 2010 || 21h00
Jaime (1999,PT) de António-Pedro Vasconcelos
13 Agosto 2010 || 21h00
2+2 (2008,PT) de João Sousa Cardoso
Porto da Minha Infância (2001,PT) de Manoel de Oliveira
Ficha Técnica
Programação · Confederação
Textos de Folha de Sala · Confederação
Cartaz e Folhas de Sala · Rita Gomes
Desenho de Bilhete · Manuel Santos Maia
Produção · Confederação
Colaboração · Grupo Musical de Miragaia
Agradecimentos · Regina Machado