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Hestória(s) do Douro

[Miguel Ramos] 

O Rio Douro que nasce em Espanha na província de Sória, nos picos da Serra de Urbião, a 2.080 metros de altitude e atravessa o norte de Portugal até chegar à sua foz, galgados 927km. Olha à sua volta, despede-se de Porto e de Vila Nova de Gaia, e transforma-se em Atlântico. Bem lá na sua raiz, o Rio talvez seja como o Homem que o navega. O Rio um dia sonhou ser maior, ser mais amplo, chegar mais além e para isso vê em si a necessidade de se transformar em Mar. E de Doce criança de água, com as margens a comprimi-lo, vê-se livre, abre os seus braços e passa a viver Salgado.

Uma coisa que me atravessou o pensamento ao tentar descobrir o Doce e turbulento Douro… porque é que esta criança se chama Douro? Porque é que nós dizemos que ele se chama Douro? Das várias versões populares que encontrei para a origem baptismal tento destacar-vos as seguintes:


    1. Uma diz-nos que provém do celta dur (água).
    2. Outra diz-nos que nas encostas escarpadas, um rio banhava margens secas e inóspitas. Nele rolavam, noutros tempos, brilhantes pedrinhas que se descobriu serem de ouro. Daí o nome dado a este rio: Douro (de + ouro).
    3. Ainda há quem nos afirme: O nome do Douro deriva do latim duris, ou seja, duro, atestando bem a dureza dos seus contornos tortuosos e das paisagens que atravessa, nomeadamente as altas escarpas das Arribas do Douro, no trecho Internacional do rio, entre Miranda do Douro e Barca d'Alva.


O que tudo isto nos diz sobre a História? Talvez muito pouco, mas diz-nos muito da criatividade Humano, das formas dadas a partir da sua inquietude. Como o Douro pode ser tudo isto e mais?. Nós somos memória, e sem Hestória(s) para contar, o Douro não seria História, nem faria Estórias. Seria um Rio, um Rio sem ambição aMar.

 

Estreia

7 de Julho a 26 de Agosto 2012 , no Largo Artur Arcos, em Miragaia (Porto).

Programação
7 Julho 2012 || 21h30

Pare, Escute, Olhe - 2009, cor, 102' Jorge Pelicano 
14 Julho 2012 || 21h30

Um Rio Foi Vencido - 1958, pb, 11’44 Adriano Nazareth
Barcos Rabelos – 1960, pb, 33’45 Adriano Nazareth 
21 Julho 2012 || 21h30

En une Poignée de mains amies - 1997, cor, 28' Manoel de Oliveira & Jean Rouch 

28 Julho 2012 || 21h30
As Horas do Douro - 2010, cor, 98' Joana Pontes 
4 Agosto 2012 || 21h30
pt.es –2011,cor, 23’ Pedro Sena Nunes
Margens – 1995, cor, 28' Pedro Sena Nunes
11 Agosto 2012 || 21h30

Rio Vermelho - 1999, pb, 15' Raquel Freire
As Sereias - 2001, cor, 31' Paulo Rocha
18 Agosto 2012 || 21h30

Covas do Douro - 2002, cor, 8' Tiago Afonso
Arquitectura do Rabelo - 1992, cor, 55' Vítor Bilhete
25 Agosto 2012 || 21h30

Rio do Ouro – 1998, cor, 95' Paulo Rocha

Ficha Técnica

Programação · Confederação

Cartaz · Alfredo Sapateiro

Produção · Confederação, integrado no Festival Manobras. 

Colaboração · Grupo Musical de Miragaia 

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